Publicado: Segunda-feira, 4 de junho de 2007
Santa Juliana e a festa de Corpus Christi
A santa nascida na Béligica deu origem à solenidade
Salathiel de Souza
Na cidade de Liége, na Bélgica, numa das casas de uma aldeia chamada Retinne, nasceu em 1193 a pequena Juliana. Ficando órfã aos cinco anos de idade, junto com sua irmã Agnes foram confiadas aos cuidados das irmãs agostinianas em Monte Cornillon.
Ali receberam uma boa educação e aprenderam a viver piedosamente, adaptando-se ao estilo de vida das religiosas. Assim, com apenas 14 anos de idade ingressou definitivamente na comunidade das irmãs agostinianas.
O amor e a devoção da Irmã Juliana de Cornillon ao Santíssimo Sacramento sempre chamou a atenção por seu grau elevadíssimo. Era Deus que já ia preparando-lhe o coração para que servisse de instrumento na grande missão de difundir o valor da Sagrada Eucaristia.
Num dia qualquer de 1208, irmã Juliana encontrava-se em oração quando teve a visão de um astro semelhante à lua cheia brilhante, mas com uma pequena incisão preta. Temendo ser vítima de uma ilusão maligna, suplicou a Deus que lhe esclarecesse as visões, que passaram a se repetir diariamente.
Só depois de dois anos é que Nosso Senhor revelou o significado daqueles sonhos, dizendo-lhe: "A lua representa a Igreja e suas festas. E a incisão negra significa a falta da solenidade cuja instituição eu desejo, para despertar a fé dos povos e para o bem espiritual dos meus eleitos. Quero que uma festa especial seja estabelecida em honra ao Sacramento do Meu Corpo e do Meu Sangue".
No momento que julgou apropriado, irmã Juliana contou às autoridades religiosas a missão que havia recebido. Falou com dom Roberto de Thorote (então bispo de Liége), ao doutor Dominico Hugh e ao bispo dominicano dom Jacques de Pantaleón de Troyes, que mais tarde seria eleito Papa, chamando-se Urbano IV.
Dom Roberto convocou um sínodo em 1246 e disse aos seus padres, religiosos e leigos que a festa de Corpus Christi passaria a ser celebrada. Porém o bispo faleceu naquele mesmo ano e não viu seu desejo realizado. Muitos dos que se haviam oposto à celebração da festa ficaram aliviados, pois achavam que irmã Juliana tinha imaginação excessiva. A religiosa passou a ser perseguida por causa de sua missão, sendo inclusive transferida por certo tempo para um lugar chamado Namur.
Apesar disso, em 1247 o Cardeal Cher, religioso dominicano, decidiu instituir a solenidade de Corpus Christi em toda a sua Diocese. Foi ele mesmo quem conduziu o Santíssimo Sacramento na primeira procissão eucarística na Igreja de San Martin, em Liége.
Depois de anos de perseguição e sofrimento, a irmã Juliana viu sua missão concretizar-se. Mas não conseguiu ver a festa em honra ao Santíssimo Sacramento ser estendida a toda a Igreja, pois veio a falecer em 5 de abril de 1258.
Em 1264 o Papa Urbano IV, que anos antes ouviu pessoalmente os relatos de irmã Juliana, determinou que a solenidade de Corpus Christi fosse celebrada pela Igreja em todo o mundo.
Ali receberam uma boa educação e aprenderam a viver piedosamente, adaptando-se ao estilo de vida das religiosas. Assim, com apenas 14 anos de idade ingressou definitivamente na comunidade das irmãs agostinianas.
O amor e a devoção da Irmã Juliana de Cornillon ao Santíssimo Sacramento sempre chamou a atenção por seu grau elevadíssimo. Era Deus que já ia preparando-lhe o coração para que servisse de instrumento na grande missão de difundir o valor da Sagrada Eucaristia.
Num dia qualquer de 1208, irmã Juliana encontrava-se em oração quando teve a visão de um astro semelhante à lua cheia brilhante, mas com uma pequena incisão preta. Temendo ser vítima de uma ilusão maligna, suplicou a Deus que lhe esclarecesse as visões, que passaram a se repetir diariamente.
Só depois de dois anos é que Nosso Senhor revelou o significado daqueles sonhos, dizendo-lhe: "A lua representa a Igreja e suas festas. E a incisão negra significa a falta da solenidade cuja instituição eu desejo, para despertar a fé dos povos e para o bem espiritual dos meus eleitos. Quero que uma festa especial seja estabelecida em honra ao Sacramento do Meu Corpo e do Meu Sangue".
No momento que julgou apropriado, irmã Juliana contou às autoridades religiosas a missão que havia recebido. Falou com dom Roberto de Thorote (então bispo de Liége), ao doutor Dominico Hugh e ao bispo dominicano dom Jacques de Pantaleón de Troyes, que mais tarde seria eleito Papa, chamando-se Urbano IV.
Dom Roberto convocou um sínodo em 1246 e disse aos seus padres, religiosos e leigos que a festa de Corpus Christi passaria a ser celebrada. Porém o bispo faleceu naquele mesmo ano e não viu seu desejo realizado. Muitos dos que se haviam oposto à celebração da festa ficaram aliviados, pois achavam que irmã Juliana tinha imaginação excessiva. A religiosa passou a ser perseguida por causa de sua missão, sendo inclusive transferida por certo tempo para um lugar chamado Namur.
Apesar disso, em 1247 o Cardeal Cher, religioso dominicano, decidiu instituir a solenidade de Corpus Christi em toda a sua Diocese. Foi ele mesmo quem conduziu o Santíssimo Sacramento na primeira procissão eucarística na Igreja de San Martin, em Liége.
Depois de anos de perseguição e sofrimento, a irmã Juliana viu sua missão concretizar-se. Mas não conseguiu ver a festa em honra ao Santíssimo Sacramento ser estendida a toda a Igreja, pois veio a falecer em 5 de abril de 1258.
Em 1264 o Papa Urbano IV, que anos antes ouviu pessoalmente os relatos de irmã Juliana, determinou que a solenidade de Corpus Christi fosse celebrada pela Igreja em todo o mundo.
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