Saiba quais os fatos marcantes na história de Campinas
Eventos ocorridos desde 1739 até os anos de 1990.
Camila BertolazziEste material foi cedido ao portal acampinas.com.br por Eugenia Maria Nogueira Pereira (moradora de Campinas e por muitas décadas atuante nos segmentos de educação e turismo da cidade.)
CRONOLOGIA
Desde a chegada de Francisco Barreto Leme para as terras de Campinas do Mato Grosso, por volta de 1741, a história de Campinas aponta para uma sucessão de acontecimentos marcantes na área econômica, política e cultural. Apresentamos uma seqüência de fatos freqüentemente mencionados pelos historiadores e mais recentemente pelo noticiário de imprensa.
1739/41 – Vindo de Caçapava, na época jurisdição de Taubaté, Francisco Barreto Leme. Instala-se com a família em Campinas de Mato Grosso, então praticamente despovoada.
1753 – Construção do primeiro cemitério.
1767 – Primeiro censo indica a existência de 38 residências dispersas e 185 habitantes.
1772 – Moradores requerem ao bispado de São Paulo a construção de uma capela e ao governador da Capitania de São Paulo a elevação do lugar à categoria de freguesia.
1774 – Em maio, o governador da Capitania, Morgado Mateus, dá instruções a Barreto Leme para a “formação de uma povoação”, no lugar chamado Campinas de Mato Grosso. Em 14 de julho de 1774, com a inauguração de uma capela provisória, Campinas é elevada à categoria de freguesia. A cerimônia marca oficialmente a fundação da cidade.
1775 – Censo feito pelo próprio Barreto Leme indica crescimento da população para cerca de 200 habitantes distribuídos por 38 residências.
1781 – Inauguração da matriz definitiva, a cem metros da primeira, no lugar onde se ergueu depois a Matriz do Carmo.
1782 – Falece Barreto Leme, fundador da cidade.
1792 – Aberto o caminho de Campinas a Itu, vila de grande produção açucareira.
1795 – Início da produção açucareira em Campinas.
1797 – A freguesia é elevada à categoria de vila com o nome de Vila de São Carlos.
1798 – Censo do ano conta na vila 29 senhores de engenho e nove proprietários de engenhocas. Posse, à revelia da população, do primeiro capitão-mor da vila, Raimundo Alvares dos Santos Prado. Início da primeira crise política que se estenderia por vários anos.
1800 – A vila exporta cerca de 8.500 arrobas de açúcar, 305 alqueires de milho, 132 alqueires de feijão, 900 arrobas de toucinho e 15 arrobas de fumo. É já uma economia emergente.
1801 – Numa tentativa de pôr fim à crise política, o governador da Capitania manda prender membros da Câmara da vila.
1804 – Acham-se fixados em Campinas 34 senhores de engenho, 11 produtores de cana, 361 roceiros, l tabelião, 4 militares, 1 construtor de casas, 2 carapinas, 8 carpinteiros, 6 lojistas, 11 taverneiros, 2 alfaiates e dois tecelões, entre outros profissionais de ofício. Instala-se na vila, como educador de primeiras letras, o futuro padre Diogo Antonio Feijó, que mais tarde seria regente do Império.
1807 – Câmara faz assembléia para determinar início das obras de construção de uma nova igreja matriz, a atual Catedral Metropolitana. Filipe Neri Teixeira é nomeado diretor de obras.
1808 – Instala-se o primeiro relojoeiro.
1822 – A Câmara se reúne a 12 de outubro para aclamar imperador a Dom Pedro I, que proclamara a independência do Brasil a 7 de setembro.
1824 – Câmara se reúne em 18 de abril para jurar a Constituição do Império.
1826 – Início do ciclo do café.
1832 – O desenhista e pintor Hércules Florence, já residindo em Campinas, inventa a fotografia.
1834 – Instala-se o primeiro diplomado em medicina, Justiniano de Melo Franco.
1836 – Nasce em Campinas o futuro compositor e maestro Antonio Carlos Gomes. Instalação da primeira tipografia, adquirida no Rio de Janeiro por Hércules Florence.
1838 – Importação dos primeiros pianos pelo comerciante José Mendes Ferraz.
1841 – Nasce em Campinas Manuel Ferraz de Campos Sales, político republicano e futuro presidente da república.
1842 – Trava-se nas imediações de Campinas o combate da Venda Grande.
1842 – A vila é elevada à categoria de cidade e adota oficialmente o nome de Campinas.
1846 – Primeira visita do Imperador Pedro II, que conhece o menino Carlos Gomes então com 10 anos. Nasce em Campinas FRANCISCO GLICÉRIO, político republicano.
1850 – Inauguração do Teatro São Carlos, primeira grande casa de espetáculos da cidade, demolida em 1922.
1852 – Introdução da mão de obra européia na lavoura cafeeira pelo Visconde de Indaiatuba.
1857 – Os Irmãos Bierrembach fundam uma indústria de chapéus e uma segunda, de produção de máquinas agrícolas.
1857 – Fundação do Clube Semanal, a mais antiga agremiação social da cidade, depois Clube Semanal de Cultura Artística.
1858 – Surgimento do semanário “AURORA CAMPINEIRA”, primeiro jornal da cidade, por iniciativa dos irmãos Francisco e João Theodoro de Siqueira e Silva.
1869 – Francisco Quirino dos Santos funda a “GAZETA DE CAMPINAS”, jornal republicano.
1870 – Carlos Gomes regressa a Campinas pela primeira vez após o sucesso de sua ópera Il Guarany no Teatro Scala de Milão, Itália. Circula o Almanaque de Campinas, primeiro livro com edição local.
1871 – Lançamento da pedra fundamental da Santa Casa de Misericórdia.
1872 – Organiza-se o primeiro diretório do Partido Republicano em Campinas.
1872 – Inauguração da primeira estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro no trecho Campinas-Jundiaí. Criação da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro com a incorporação da linha férrea Campinas-Mogi Mirim.
1874 – Inauguração do Colégio Culto à Ciência.
1875 – Segunda visita do Imperador Pedro II, desta vez para inaugurar a recém-implementada Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Introduzida em Campinas a iluminação pública a gás.
1876 – Fundação da Santa Casa de Misericórdia de Campinas. Francisco Glicério doa o terreno de sua chácara para a construção do primeiro Grupo Escolar de Campinas.
1878 – Primeira demonstração do telefone em Campinas, apenas dois anos após o anúncio de sua invenção.
1879 – Inauguração da Companhia Campineira de Carris de Ferro, com os primeiros bondes de tração animal.
1884 – Criação da Companhia