"Enfrentando o Crack" é tema da Web do Bem dessa semana
A droga é cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína.
Camila Bertolazzi
Por Camila Bertolazzi
Curiosidade, influência dos “amigos” ou mesmo questões psicológicas são algumas situações que podem levar ao consumo do crack: droga de efeito rápido e intenso, que leva o usuário rapidamente à dependência.
Cerca de cinco vezes mais potente que a cocaína, sendo também relativamente mais barata e acessível que outras drogas, o crack tem sido cada vez mais utilizado, e não somente por pessoas de baixo poder aquisitivo, e carcerários, como há alguns anos. Os números de dependentes não param de crescer e lugares como a “famosa” Cracolândia estão cada vez mais comuns.
Visando disseminar conhecimento e orientar tanto o usuário quanto famílias, instituições, profissionais de saúde pública e qualquer pessoa que queira compreender o assunto em seus diversos aspectos, foi lançado, no começo de 2011, o site “Enfrentando o Crack”, que reúne informações, dicas e depoimentos.
O site é dividido em seções:
> A droga: composição e ação no organismo; como surgiu; tráfico e consumo; e verdades e mitos;
> Efeitos e Consequências: físicos; neurológicos e psicológicos; relações familiares; vida social; gestante e bebê; criança e adolescente; e sinais de dependência;
> Enfrentamento: família unida; tratamento, como ajudar, redução de danos; a chave do sucesso; segurança pública; denúncia ao tráfego; legislação; e kit de mobilização;
> Superação: reinserção social; projetos bem-sucedidos; e histórias de recuperação.
Há ainda uma sessão com notícias e publicações sobre o crack, e uma área com as perguntas mais frequentes; entre elas: Quais são os efeitos do crack? No uso agudo, do ponto de vista emocional, observa-se forte inquietação e agitação mental, grande alteração do estado de humor (ou ânimo). Há uma inibição do apetite, agitação física, aumento da temperatura e das frequências respiratória e cardíaca, suor excessivo, tremores, contrações musculares involuntárias (principalmente da mandíbula), tiques e dilatação da pupila. O uso crônico causa diversas complicações clínicas, como emagrecimento e favorecimento de infecções – inclusive dentárias, além de quadros de psicose, agressividade, paranóia e alucinações. A longo prazo, o usuário se torna um “zumbi” ou, na linguagem popular, um “nóia”.
“Enfrentando o Crack” possui também vídeos e áudios com depoimentos de especialistas que, dentre outros assuntos, falam sobre a melhor maneira de abordar o usuário ou dependente da droga e ajudá-lo a enfrentar o problema. O site também disponibiliza o Kit Mobilização para download, com publicações sobre o crack e outras drogas que podem subsidiar instituições e profissionais de todo o país em iniciativas voltadas à prevenção e à recuperação de usuários.
Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas
Lançado pelo governo federal em maio de 2010, o Plano vai investir R$ 410 milhões em ações de saúde, prevenção ao uso de drogas, assistência e repressão ao tráfico em todo o país.
Está prevista a criação de 6.120 leitos para tratamento de dependentes em hospitais públicos, centros de atenção psicossocial, casas de acolhimento e comunidades terapêuticas. A seleção de projetos ocorre por editais e os primeiros resultados já estão publicados no “Enfrentando o Crack”.
As ações incluem também a capacitação de 65 mil profissionais da rede de saúde, de assistência social, conselheiros, lideranças comunitárias e religiosas, entre outros. Estão sendo realizados estudos e diagnósticos sobre a realidade do crack no país; o perfil dos usuários; condições de saúde e necessidades de atendimento nas redes de serviços de saúde e proteção social; além da ampliação das ações integradas entre diversos órgãos do governo.
“Enfrentando o Crack” é o tema da série Web do Bem dessa semana. Vale a pena uma visita!