Sem poderes: Heroes muito perto do cancelamento
Declínio da série se torna irreversível para a produtora.
Leandro Sarubopor Leandro Sarubo
Basta entrar o mês de agosto e começar o fall season americano (período em que as séries de longa duração são exibidas nos Estados Unidos) para a imprensa americana martelar a série que ela entende ser a mais revolucionária dos calouros televisivos.
Ano passado a estrela foi Flash Forward. A série foi vendida, em uma levada de marketing espetacular, como “o novo Lost”. O frisson foi enorme. A ponto de a produção ser comercializada, instantaneamente, para dezenas de países, inclusive o Brasil, cuja detentora dos direitos de exibição será a Globo. Interessado? Nem perca seu tempo. Pois Flash Forward já está cancelada.
O Flash Forward de 2006 atende pela alcunha “Heroes”. Sua primeira temporada foi avassaladora. Audiência e faturamento nas alturas. No Brasil, chegou a ser exibida no horário nobre dominical da Record, criando algum problema para o veterano Fantástico. Em 2010, com o roteiro perdido mais perdido do que nunca, troca de equipe e uma absoluta desorganização generalizada, a série tem boas chances de terminar sua saga na quarta temporada, ainda inédita na tv aberta.
O anúncio oficial das séries que serão canceladas deve acontecer nas próximas semanas. A única esperança dos fãs da ex-badalada produção seria a benevolência de algum canal concorrente. O problema é que ninguém deve ser generoso. Fox e CBS possuem grades sólidas e inchadas demais para se arriscar com um produto que não tomou forma em seus escritórios.
Lie To Me fica. Não, não estou mentindo.
Ameaçada de cancelamento, a Fox renovou a série Lie To Me para uma terceira temporada. Ela segue o rumo de Heroes no sentido das trocas de produtores e “adaptações”, mas acaba se garantindo em relação às demais por sua proposta, mais racional, de mostrar um especialista em mentiras e, mais importante, por ter como protagonista o ator Tim Roth, que interpreta de maneira brilhante o Dr, Lightman.
V, ficção científica estrelada pela brasileira Morena Baccarin, é outra que deve se garantir, assim como a fraca Human Target.