Turismo

Publicado: Quinta-feira, 21 de outubro de 2010

SWU - Um presente para o turismo de Itu?

Festival divulgou a cidade para o mundo todo!

Crédito: www.itu.com.br SWU - Um presente para o turismo de Itu?
O Hotel Gandini recebeu vários hóspedes em função do SWU

Por Deborah Dubner e Jéssica Ferrari

O ano de 2010 certamente ficará marcado na memória dos ituanos. Afinal, a cidade de tantos títulos completou 400 anos. Ao que tudo indica, além de seus invejáveis apelidos como Roma Brasileira, Berço da República, Cidade dos Exageros e Fidelíssima, Itu tornou-se a cidade do SWU – Start With You! Um presente que vem acompanhado de muita responsabilidade.

Na Mídia

Durante meses, Itu foi comentada, clicada, discutida e muito desejada por fãs enlouquecidos com a ideia de ter, numa cidade do interior do Brasil, um dos maiores eventos internacionais do mundo, o Festival SWU. “Itu passou a ser exposta como palco de grandes eventos”, comenta Maxwell Riberto Torres,gerente geral do Hotel Gandini.

Só no itu.com.br, foram publicadas mais de 70 notícias sobre o evento, sendo que algumas renderam mais de 50.000 cliques. E a mídia nacional e internacional rendeu muitos frutos também, o que não deixa dúvidas quanto à questão da exposição da cidade quatrocentona.

De fato, Itu ganhou o mundo! O mundo dos ambientalistas, dos artistas, dos ativistas, dos jovens e da mídia. E dos turistas?

Turistas

Segundo a organização do evento, a cidade atraiu, como sede, pouco mais de 160 mil pessoas, nos três dias de shows. Dentre elas, turistas vindos dos quatro cantos do mundo. “Era tanta gente que o meu pequeno estabelecimento ficou cheio. Dava para alugar até a casinha do cachorro!”, brinca a proprietária da Chácara da Felicidade, Eugenia Rita Bernardi.  

Elza Maria Santoro Cintra, proprietária do pesqueiro Tio Oscar, não acredita que recebeu um maior número de visitantes por conta deste evento, talvez pela localização do seu estabelecimento, na Castelo Branco. Mesmo assim apóia: “Acho que esse tipo de evento colabora muito com o desenvolvimento do turismo em nossa cidade.”

Para o Camping Chapéu-de-Sol o SWU não chegou a atrair mais pessoas, por ter ocorrido em um feriado que já costuma ser bem movimentado nessa época, afirmou a administradora Roberta Sandei de Oliveira. Mesmo assim, ela vê como ponto positivo o fato de Itu ter recebido pessoas de diversos estados brasileiros e ainda estrangeiros de Portugal, Espanha e outros países.

Por outro lado, o trailer da Prótur (Associação em prol do Turismo de Itu), localizado no centro da cidade, teve grande movimentação, segundo o presidente Hélio Tomba Júnior. “Nosso controle de atendimento registrou efetivamente um número superior de turistas, principalmente de visitantes estrangeiros, com dúvidas sobre a chegada ao evento, locais de hospedagem e informações gerais da cidade. Muitos queriam, inclusive, conhecer o pesqueiro Maeda, que estava recebendo o evento, mas fechado durante o SWU para o público comum.", comentou Tomba. O presidente fez questão de ressaltar que todos os meios de hospedagem que integram a associação alcançaram 100% de ocupação, gerando um desenvolvimento econômico local.

Para Lino Carrion Manteiga, proprietário do Camping Carrion, um dos pontos positivos é que o SWU não ficou situado nele mesmo. Embora o foco dos clientes estivesse voltado exclusivamente para a música, gerou uma diversidade de grupos que se organizaram em torno de uma viagem que tinha como centro a ida ao show. “Esta viagem é que demandou a diversidade de serviços que pudemos oferecer”, explica. E analisa: “ Eu diria que o Festival atraiu uma classe diferenciada de visitantes, de uma região diferente de nossa abrangência usual. Muitos visitantes vieram de outros estados, particularmente em meu caso de Minas e Rio de Janeiro, além de São Paulo. Talvez este público não volte, mas estará divulgando a imagem positiva da região e do local. Quanto aos de São Paulo que tinham a visão de Itu como uma cidade de Interior, puderam notar que esta região está circundada por uma infraestrutura de lazer, alimentação e turismo com ótimas opções de hospedagem e passeios.

Comércio

Para receber tantos visitantes, o comércio local se mobilizou e sentiu a diferença no bolso. “A entrada de dinheiro na cidade estimulou muito a economia local. Também foi uma oportunidade para a cidade conhecer um público que se demonstrou muito educado e de alto nível intelectual, em sua maioria”, comentou Roberta, do Camping Chapéu-de-Sol.  

Na visão de Lino Carrion, o evento gerou movimentação de trabalho e financeira para a cidade e para todos os setores. “A grande rede de empresas de apoio ao evento pôde conhecer nossa capacidade de hospedagem e alimentação, abrindo portas para futuros novos negócios.”, afirmou.

José Maurício Faccioli, proprietário do Restaurante Cafundó conta que no período do festival o local esteve fechado para manutenção preventiva da cozinha. “Quem sabe se houver um próximo, a gente aproveita! De qualquer forma, o comércio local saiu beneficiado com a quantidade de pessoas que visitaram a cidade, principalmente nos supermercados e locais que servem refeições, não necessariamente em restaurantes”, opina.

Estrutura

Faccioli também alerta que ficou claro que a cidade não possui uma estrutura adequada para receber um evento desse porte. O sistema viário não suporta uma grande quantidade de veículos, a rede de atendimento médico é insuficiente e o policiamento precário, já que teve que receber expressivos reforços externos.

A proprietária do Restaurante Zeus, Kátia Garcia Ferriozzi, também sentiu dificuldade em atrair os turistas para o seu estabelecimento. “A estrutura do festival não colaborou para o turismo da forma que poderia. Escutei de alguns visitantes que o estacionamento dos shows era muito caro, que não podiam sair e voltar do evento, e que não havia ônibus suficientes para trazê-los a cidade”, conta.  

Roberta de Oliveira concorda: “A organização do evento falhou em não facilitar a visita dos turistas aos pontos da cidade. Faltou um pouco de organizaç&atil

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