Marcada pelo forte vocal de Bennington, Linkin Park é atração do SWU
Chester Bennington: vocais agressivos marcam o som do Linkin Park |
Por Renan Pereira
New Metal? Rock alternativo? Nu Metal? Rap Rock? Impossível definir... Sim, caros amigos: estamos falando da, permitam-me o uso da expressão, 'inrrotulável' banda de rock Linkin Park. Banda de ROCK é o suficiente. Afinal, para que tantos rótulos? Formado no ano de 1996, na Califórnia, o grupo é conhecido e aclamado pelo som pesado aliado às mais variadas influências e ritmos musicais.
Neste aspecto, o Linkin Park nada fica devendo a Dave Matthews Band e ao Incubus – bandas já abordadas nessa série de reportagens, que tem o objetivo de contar um pouco da história das principais atrações do SWU (evento que acontece entre os dias 9 e 11 de outubro na Arena Maeda em Itu). Porém, fiquem tranquilos leitores: prometo não me estender demais, pelo menos não dessa vez. Afinal, se fossemos falar detalhadamente da carreira do grupo provavelmente excederíamos os limites de caracteres permitidos nesta página.
Liderado pela interessante figura de seu vocalista Chester Bennington, o Linkin Park vendeu, desde o início da sua carreira, pouco mais de sessenta milhões de discos em todo o mundo, alcançando o sucesso máximo com o lançamento do CD de estreia “Hybrid Theory” (2000). Criticada por muitos e idolatrada por toda uma geração musical, a banda influenciou uma leva de outros grupos do mesmo gênero. Seja pelo bem ou pelo mal, Linkin Park trouxe para o cenário rock uma proposta original, ou ao menos esquecida neste meio: a combinação do Rap/Hip Hop aliado ao som de guitarras pesadas e vocais gritados; vocais que, por hora, chegam a soar como uma paulada no tímpano dos ouvintes.
O sucesso meteórico continuou com o álbum seguinte de nome sugestivo: “Meteora”. O lançamento chegou ao topo no gráfico de álbuns Billboard em 2003 e foi seguido por um extenso trabalho de caridades por todo o mundo. Músicas como “Somewhere I Belong”, “From The Inside” e “Breaking the Habit” dominaram as paradas americanas por muito tempo. Na mesma época, o grupo foi apontado pela MTV2 como a sexta maior banda de música e vídeo e a terceira melhor banda do novo milênio – ficando atrás somente de Oasis e Coldplay.
É bem verdade que grande parte dos movimentos ‘ideológicos’ desenvolvidos no Brasil, naturalmente, tende a decrescer com o decorrer do tempo. O 'cenário' criado pelo Linkin Park perdeu grande espaço na cena musical, pelo menos por aqui. Mas quem pensa que o grupo deixou de fazer sucesso mundo afora se engana, e como. O último álbum de estúdio do grupo intitulado “Minutes to Midnight” foi o mais vendido no mundo no ano de 2007. Sim, no MUNDO.
Se bandas menos conhecidas causaram grande impacto na região quando anunciadas no SWU, imagine então o tamanho do alcerne criado com a confirmação do Linkin Park. Moradora de Sorocaba, Bruna Carmo Costa é fã do grupo há cerca de sete anos. A possibilidade de assistir a banda em uma cidade vizinha a deixou empolgada. “Como essa é a segunda vez que a banda vem para o Brasil, achei que o show seria novamente em São Paulo, porém adorei saber que seria em Itu porque fica ainda mais fácil de ir”. (Confira aqui a entrevista completa)
Desde o início da carreira, Bennington e companhia demonstravam grandes preocupações com as questões sociais do mundo. “Minutes to Midnight” marca, no entanto, uma nova fase de amadurecimento da banda, que passa a tornar, inclusive, o conteúdo de suas letras mais político. A mudança de comportamento, demonstrada principalmente nos clipes e nos shows, é explícita inclusive para os fãs do grupo. “Eles modificaram o estilo, hoje falam muito sobre sociedade e meio ambiente... se preocupam com o futuro do planeta”, afirmou Bruna.
A formação atual conta com Chester Bennington (Vocal), Mike Shinoda (vocal, violão, guitarra e teclado), Brad Delson (Guitarra), Dave Farrell (Baixo), Rob Bourndon (Bateria) e Joel Hahn (DJ, Samplers, Turntables). O grupo ficou mundialmente conhecido também pela sua parceria com o rapper Jay-Z – explorada principalmente no álbum Collision Course.
Não adianta falar mais nada. Se você gosta do Linkin Park torça para que o mês de outubro chegue o quanto antes. Se ainda não conhece só te resta botar a agulha na vitrola e aumentar o volume para entender porque músicas como “Numb” e “Crawlling” são obrigatórias no repertório da banda que conquistou milhões de fãs nos quatro cantos do mundo em tão pouco tempo.
Jimmy Kimmel LIVE |
Assista a performance ao vivo do Linkin Park tocandos as músicas What I've Done e New Divide |