Quarto dia da Campus Party reúne diversidade e inovação
Mídia social nas eleições e videologs integraram os debates.
Gustavo Moreno
Por João Paulo Beluci
O palco Social Media da Campus Party voltou a receber, no dia 20, nomes de peso, que participaram das últimas eleições presidenciais do Brasil. Na mesa, representantes das campanhas dos três principais candidatos à presidência: Soninha Francine, coordenadora da campanha de José Serra; Marcelo Branco, coordenador de campanha da presidente eleita Dilma Rousseff e Caio Túlio Rocha, coordenador da Campanha de Marina Silva.
Durante mais de uma hora, os membros da mesa falaram sobre o impacto que a internet, e principalmente as Redes Sociais, tiveram nas últimas eleições. Discussões quentes e acirradas agradaram bastante o público presente no evento.
Steve Crocker na Campus Party
Steve Crocker é um dos mais antigos nomes da internet, tendo trabalhado na criação dos protocolos da Arpanet, durante a década de 60. A Arpanet, uma rede de computadores que conectava algumas das principais universidades norte-americanas, pode ser considerada o embrião da internet, como ela é conhecida hoje
Em sua palestra no palco principal da Campus Party, Crocker falou sobre segurança digital, área na qual sua empresa é especializada. Ele abordou alguns dos problemas nos protocolos que regem a rede hoje e afirmou que nunca ficaremos 100% seguros na internet. “Em alguns anos, a internet será algo tão comum, a ponto dela estar lá e nós nem falarmos mais sobre ela”, comenta.
Videologs
Muitos deles são jovens, mas já conseguiram fama nacional através da publicação de videologs na web. Videologs são canais onde qualquer pessoa pode postar vídeos produzidos em casa, até mesmo com uma webcam, para que qualquer pessoa na grande rede possa ter acesso. É uma das formas mais democráticas de produção de vídeos na web.
No debate sobre videologs, também no palco Social Media, um dos presentes foi o vlogueiro PC Siqueira, que ficou famoso em 2010 com seu vlog “Mas Poxa Vida”, no qual ele comenta de maneira bem-humorada os fatos comuns do seu dia-a-dia.
Segundo ele, na internet as pessoas têm a possibilidade de produzir e divulgar vídeos sendo elas mesmas, sem representações, como é o caso da televisão. E as pessoas se identificam com isso.
Um cartão para "curtir"
O Facebook já é umas das redes sociais que mais cresce no Brasil. Apesar de ainda ser menos utilizada pelos brasileiros do que o Orkut, a rede criada por Mark Zuckerberg não para de ganhar membros, e caminha para o topo do ranking no Brasil.
Pensando em promover a integração dos campuseiros e incentivar o uso do Facebook no cotidiano, a empresa Plankton Digital desenvolveu o Cartão Curtir. A idéia é trazer rede para a vida real. Funciona da seguinte forma: vários cartões foram distribuídos às pessoas presentes no salão da Campus e 4 cubos, equipados com sensores e leitores para reconhecer o cartão, foram instalados em locais específicos, onde são realizadas as palestras.
A pessoa que recebeu o objeto precisava cadastrá-lo no site da campanha. A partir daí, bastava aproximar o cartão de um desses cubos para “curtir” a palestra ou o debate. Assim que o cubo reconhecia o usuário, uma mensagem era enviada para o perfil da pessoa no Facebook.
Campuseiros criativos
E não foram apenas as empresas que trouxeram idéias criativas para a Campus Party. O jovem Guilherme Fuzato trouxe o seu zepelim branco para o salão principal do evento. Totalmente construído por ele com alguns amigos, o zepelim tem uma estrutura plástica e funciona por controle remoto. Até os motores e as hélices foras feitas à mão por ele e sua equipe. Muitos dos presentes ao evento ficaram impressionados com o balão que não para de flutuar sobre os milhares de campuseiros.
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